Wednesday, September 30, 2009

O que seria o sentimento de Suspense?



Olá viajantes do medo e dos calafrios excitantes que perpassam os nossos pelos e nos fazem sentir vivos novamente. Quem disse que o tempo do horror havia acabado? Papai, mamãe...? Eles já tiveram os seus tempos e, infelizmente, tiveram uma conclusão imatura e infantil ao pensar que o este havia passado e que eles já eram grandes demais para ouvir os gritos e os suspiros do amor ao inovador sentimento do horror. Não dêem ouvidos aos papos que a sua mente vem levando com o seu consciente. Pensem, pensem... Pensem.


Como prometido, vou relatar a vocês as diferenças entre as classes das Ficções do medo. A primeira que vamos trabalhar, sucintamente, será a ordem de Suspense. O que é suspense? O que seria um sentimento de suspense? Deveríamos seguir, à risca, o que o nome quer dizer e nos deleitar sobre a definição do susto? Tudo aquilo que nos faz gritar, ou fugir da realidade através de um súbito momento de aversão? Não vamos creditar tão inocentes palavras ao árduo e irreverente ato fatídico.


A obra de suspense atravessa o sentimento de apreensão ao desconhecido que os demais autores costumam adotar para distinguir o subgênero literário. Uma obra da ficção do suspense costuma sim reconhecer a apreensão como um dos fatores primordiais para a execução ideal do que se planeja dentro deste, porém, o que mais se deve chamar a atenção dentro do sentimento é a idealização do que não se pode concretizar. Não imaginar o que está pra acontecer nos causa uma certa apreensão, mas não é isso que nos torna susceptível ao susto. O que nos toma como desordem dos nervos é, exatamente, a falta de perspicácia do saber agir diante de qualquer situação.


Pensemos bem, se nos encontrássemos numa situação com a qual soubéssemos lidar, não haveria o suspense. Estaríamos apreensivos, mas o suspense não tomaria a rédea da situação. Entraria, aí, o âmbito da falível articulação da força de autocontrole. O suspense não nos deixa apreensivos, apenas, com algo que não conhecemos, nos deixa, também, com algo que não sabemos como lidar.

No conto, de Stephen King, “O Nevoeiro”, podemos perceber que os personagens não encaram o medo como a apreensão ao que não conhecem, pois, mesmo depois de conhecerem o feitio dos seres com quem estavam lidando, continuaram com o sentimento de suspense presente por não saber como agir perante a situação em que se encontravam. Deixando a ressalva de que não afirmo, nesta expressão, que o conto supracitado seja uma obra de suspense, apenas retiro da sua parte principal uma exclamação à veracidade dos argumentos feitos. Primeiramente, analisaremos a diferença entre os sentimentos, depois, analisaremos as obras e as suas divergências.


Então, o suspense, não é apenas a apreensão causada pelo desconhecido e não é o mero susto que levamos ao nos deparar com cenas aterrorizantes, mas sim a falta de suporte próprio para enfrentar situações que nos estão dedicadas ao acervo. Encarar algo e não saber como agir é próprio do ser humano, é por isso que as obras do subgênero do suspense ainda fazem total sucesso durante as participações guiadas de quem as acompanha. O Suspense é causado pelo alto teor do desconhecimento do que vem a seguir. A apreensão faz parte da obra, mas, de hipótese alguma, é a peça fundamental para que ela exista.



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